sábado, 4 de novembro de 2017

Miguel Poveda- "Triana, puente y aparte"

     

"Esto lo tiene todo, alegria, magia, salero, misterio, desbordamiento.... "



(Vendo estas e outras as imagens , assistindo ao vivo , lendo textos como este , reparando na polémica que tantas vezes  ambos suscitam ,   pode pensar-se  que  o Flamenco-Baile- Espanha e  o  Cantar ao Desafio do Alto Minho-Portugal , são formas de expressão cultural e regional  da Península  Ibérica com muitos pontos comuns.) 


"Os primeiros registros da presença cigana na Espanha são do século XV. Os documentos falam de um povo colorido e alegre que havia chegado do oriente. Contrastavam com os espanhóis vestidos em negro, em uma época em que os corantes eram artigo de luxo e foram o principal produto de uma grande colônia dos reinos ibéricos: o Brasil.

Por volta de 1740, os ciganos chegaram em Sevilha, cidade separada pelo rio Guadalquivir. Foram assentados fora dos muros da cidade, depois de sua margem direita, no bairro chamado Triana. Apesar da separação física, tornou-se uma população integrada aos não-ciganos. Trabalhavam como ferreiros, açougueiros e exerciam tantos outros trabalhos importantes para a cidade.


Era um povo pobre, mas pacífico e muito unido. Em suas casas, cortiços e assentamentos de clãs diversos o que prevalecia era a generosidade.
Era também um povo muito alegre. Ali nasceram muitos dos principais bailaores flamencos de Sevilha, que formaram um bailado dentro de sua própria casa e nos pátios, com amigos e vizinhos. Ali, o flamenco era circular, e não de palco. Com participantes, e não expectadores. Era um bailado de força, graça, comicidade e provocação sexual. Em Triana, o flamenco era celebração e festa com improviso, longe das questões comerciais que marcam os belíssimos shows que vemos hoje em dia, cheios de ensaios, cenários e figurinos.
 ( ver mais em https://caravanadovento.wordpress.com/2014/11/09/triana-que-um-dia-foi-um-bairro-cigano)

Sem comentários:

Enviar um comentário