Esta vida tem de tudo. Escrevo sobre o que vejo, o que sinto, o que me interessa, sobretudo se e quando me apetecer. Se me lembrar, posso até contar a história do sobretudo que perdi num dia em que estava mesmo na lua...
“Amália no Café Luso” é a mais antiga gravação ao vivo conhecido de Amália: um espectáculo completo gravado em dezembro de 1955 quando era “residente” do Café Luso, na época um dos mais prestigiados locais de fado de Lisboa. Na altura, os puristas do fado ficaram chocados com a “audácia” de gravar um disco de fado ao vivo. No entanto, este disco é, por muitos, considerado um dos melhores álbuns de sempre da música popular portuguesa, exactamente porque nele se conjugam a Amália-fadista, o lugar de culto do fado e, ainda, numa cuidada apresentação gráfica, imagens significativas de uma certa Lisboa: da ditadura salazarista; de um tipo de boémia em que se contactavam, sem se misturar fora da alcova, povo e aristocracia, senhores e prostitutas, nobres de nascimento e cantoras de cabaré. “Amália no Café Luso” é quase um álbum conceptual antes de tempo. Amália Rodrigues nesta gravação é acompanhada por Domingos Camarinha e Santos Moreira"
Uma gravação que faz parte da história do Fado. Cresci a ouvir este álbum, que já cá esteve uma vez com outro tema . É fascinante ouvir a apresentação de Filipe Pinto, a quase recusa de Amália em gravar "não, isto ( o microfone) faz-me impressão", o barulho na sala e o silencio logo que se ouvem as primeiras notas do Fado Mayer (com música de Armandinho)
* esta publicação está relacionada com a de 9 /11/2017*
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