“O Tango era dançado pelos homens por pura diversão, mas também porque inicialmente só as prostitutas dançavam o Tango, sendo que a Sociedade, em todas as classes sociais o tinha como uma dança obscena, de prostíbulo. Só em Buenos Aires, havia mais de duzentas casas destas.Era proibido dançar em qualquer baile ou festividade. Mesmo assim, nas “Casas Más”, havia um enorme número de homens (emigrantes e marinheiros) para um reduzido número de prostitutas. Assim sendo, estas só queriam dançar com os homens que o sabiam fazer. Daí que os homens dançassem para se ensinar e treinarem mutuamente. Concluindo, os homens dançavam inicialmente uns com os outros por três razões. Por falta de mulheres com quem dançar; para aprenderem/ensinarem e, claro, para se divertirem. Mais tarde, principalmente os Patoteros – meninos “bem” que treinavam pugilismo e eram rapazes briguentos da noite, levaram o Tango para Paris, onde foi muito bem aceite, tendo voltado à Argentina com outro estatuto e tendo começado a ser dançado pela sociedade em geral. A partir dessa altura, as Milongas (nome dos bailes de tango), generalizaram-se nas cidades e os homens deixaram de precisar de dançar uns com os outros, tornando-se essa prática residual e sendo hoje uma curiosidade histórica e espetacular.”
Esta vida tem de tudo. Escrevo sobre o que vejo, o que sinto, o que me interessa, sobretudo se e quando me apetecer. Se me lembrar, posso até contar a história do sobretudo que perdi num dia em que estava mesmo na lua...
sexta-feira, 23 de dezembro de 2022
Maurice Bejart- “Tango - Mozart” - La Cumparsita
Lido por aí :
“O Tango era dançado pelos homens por pura diversão, mas também porque inicialmente só as prostitutas dançavam o Tango, sendo que a Sociedade, em todas as classes sociais o tinha como uma dança obscena, de prostíbulo. Só em Buenos Aires, havia mais de duzentas casas destas.Era proibido dançar em qualquer baile ou festividade. Mesmo assim, nas “Casas Más”, havia um enorme número de homens (emigrantes e marinheiros) para um reduzido número de prostitutas. Assim sendo, estas só queriam dançar com os homens que o sabiam fazer. Daí que os homens dançassem para se ensinar e treinarem mutuamente. Concluindo, os homens dançavam inicialmente uns com os outros por três razões. Por falta de mulheres com quem dançar; para aprenderem/ensinarem e, claro, para se divertirem. Mais tarde, principalmente os Patoteros – meninos “bem” que treinavam pugilismo e eram rapazes briguentos da noite, levaram o Tango para Paris, onde foi muito bem aceite, tendo voltado à Argentina com outro estatuto e tendo começado a ser dançado pela sociedade em geral. A partir dessa altura, as Milongas (nome dos bailes de tango), generalizaram-se nas cidades e os homens deixaram de precisar de dançar uns com os outros, tornando-se essa prática residual e sendo hoje uma curiosidade histórica e espetacular.”
“O Tango era dançado pelos homens por pura diversão, mas também porque inicialmente só as prostitutas dançavam o Tango, sendo que a Sociedade, em todas as classes sociais o tinha como uma dança obscena, de prostíbulo. Só em Buenos Aires, havia mais de duzentas casas destas.Era proibido dançar em qualquer baile ou festividade. Mesmo assim, nas “Casas Más”, havia um enorme número de homens (emigrantes e marinheiros) para um reduzido número de prostitutas. Assim sendo, estas só queriam dançar com os homens que o sabiam fazer. Daí que os homens dançassem para se ensinar e treinarem mutuamente. Concluindo, os homens dançavam inicialmente uns com os outros por três razões. Por falta de mulheres com quem dançar; para aprenderem/ensinarem e, claro, para se divertirem. Mais tarde, principalmente os Patoteros – meninos “bem” que treinavam pugilismo e eram rapazes briguentos da noite, levaram o Tango para Paris, onde foi muito bem aceite, tendo voltado à Argentina com outro estatuto e tendo começado a ser dançado pela sociedade em geral. A partir dessa altura, as Milongas (nome dos bailes de tango), generalizaram-se nas cidades e os homens deixaram de precisar de dançar uns com os outros, tornando-se essa prática residual e sendo hoje uma curiosidade histórica e espetacular.”
Publicada por
Luísa Castelo-Branco
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sexta-feira, dezembro 23, 2022
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Etiquetas:
Dança,
Mauricd Bejart
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