Esta vida tem de tudo. Escrevo sobre o que vejo, o que sinto, o que me interessa, sobretudo se e quando me apetecer. Se me lembrar, posso até contar a história do sobretudo que perdi num dia em que estava mesmo na lua...
sábado, 2 de fevereiro de 2019
POEMA DO JORNAL
O fato ainda não acabou de acontecer
e já a mão nervosa do repórter
o transforma em notícia.
O marido está matando a mulher.
A mulher ensanguentada grita.
Ladrões arrombam o cofre.
A pena escreve.
A polícia dissolve o meeting.
Vem da sala de linotipos a doce música mecânica.
Carlos Drummond de Andrade (1902-1987)
Publicada por
Luísa Castelo-Branco
à(s)
sábado, fevereiro 02, 2019
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Etiquetas:
Carlos Drummond de Andrade,
Poesia
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