quarta-feira, 26 de agosto de 2020

Amália - Povo que lavas no rio

 
 Povo que lavas no rio
 E talhas com o teu machado 
As tábuas de meu caixão

 Povo que lavas no rio
 Que talhas com o teu machado
 As tábuas do meu caixão

 Pode haver quem te defenda 
Quem compre o teu chão sagrado
 Mas a tua vida não 

Fui ter à mesa redonda
 Beber em malga que esconda
 O beijo de mão em mão

 Fui ter à mesa redonda 
Beber em malga que esconda
 O beijo de mão em mão

 Era o vinho que me deste
 Água pura, fruto agreste
 Mas a tua vida não

 Aromas, do urze e de lama 
Dormi com eles na cama 
Tive a mesma condição 

Aromas, do urze e de lama 
Dormi com eles na cama 
Tive a mesma condição 

Povo, povo, eu te pertenço
 Deste-me alturas de incenso 
Mas a tua vida não

 Povo que lavas no rio
Que talhas com o teu machado
 As tábuas do meu caixão

 Povo que lavas no rio
 Que talhas com o teu machado 
As tábuas do meu caixão

 Pode haver quem te defenda 
Quem compre o teu chão sagrado
 Mas a tua vida não

Letra: Pedro Homem de Melo

Música: João Campos

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