- Eu cá sou é da ordem da malta!
Começámos todos – excepto a minha mãe que, por ter nascido numa sexta feira-santa, dizia que não tinha sentido de humor- a rir , a rir , a rir perdidamente (eu, estupidamente, porque não percebi o trocadilho: sabia que de um país com esse nome. De resto, achava "malta" uma palavra cómica que associava a uma espécie de Portugal dos pequeninos , todos muito parecidos , a brincar aos grandes cavaleiros com a roupa dos pais; "ordem" estava relacionada com a forma avermelhada e cuspida que o meu professor de matemática arranjou para me dizer que eu tinha cara de parva e não percebia nada daquilo , obrigando-me a passar para a carteira da frente. Fiquei com a mesma cara.).
Sempre gostei muito de geografia, história, política-tenho até uma faceta protestante- e de fazer o bem: procuro realizar os interesses relacionados exclusivamente com a minha própria pessoa (e imprópria também), especialmente aqueles que dizem respeito à auto- motivação de mim mesma enquanto eu com letra grande.
Assim é que anos depois à frente (!) da declaração passada atrás(!) do meu pai, posso afirmar que a ordem da malta é uma desorganização humanitária que me faz rir e por isso contribui muito para o bem-estar da pessoa humana que sou.
A malta não caímos, derivados à malta estar sempre em alta.
* derivado à dúvida que possa aparecer quanto aos erros ortográficos deste texto, esclareço que “derivado à” está correcto . Dizem que é uma figura de estilo, a do escritor António Lobo Antunes, o loboantunismo. Acrescentei aquele ”s” que faz toda a diferença, pois sou da ordem da malta, como o meu pai que também se chamava José.
LCB
Sem comentários:
Enviar um comentário