Esta vida tem de tudo. Escrevo sobre o que vejo, o que sinto, o que me interessa, sobretudo se e quando me apetecer. Se me lembrar, posso até contar a história do sobretudo que perdi num dia em que estava mesmo na lua...
domingo, 18 de março de 2018
Canção Clichê (Carol Naine)
Não é que eu queira escrever sobre o amor
Mas os letristas sofrem dessa tentação
Que me perdoem os poetas de plantão
Vamos falar do coração
Não é que eu queira abusar de algum clichê
mas a verdade é que eu não vivo sem você
Não é que eu queira parecer tradicional
Mas minha métrica é circunstancial
Que me perdoem os ritmistas de plantão
Vamos parar na marcação
Não é que eu queira um arranjo démodé
Mas a verdade é que eu não vivo sem você
Não é que eu queira uma palavra original
Nosso romance é inconstitucional
Que me perdoem os marqueteiros de plantão
Vamos usar frase chavão
Não é que eu queira estipular algum dizer
Mas a verdade é que eu não vivo sem você
Não é que eu queira conduzir a um grand final
E extrapole num crescente instrumental
Que me perdoem os cantores de plantão
Vamos mudar a entonação
Não é que eu queira interromper essa rotina
Mas pra fechar, que seja um tom acima
Não é que eu queira conduzir a um grand final
E extrapole num crescente instrumental
Que me perdoem os puristas de plantão
Vamos voltar para o refrão
Não é que eu queira abusar de algum clichê
Mas a verdade é que eu não vivo sem você
Publicada por
Luísa Castelo-Branco
à(s)
domingo, março 18, 2018
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Etiquetas:
Brasil,
Carol Naine,
Música
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