Esta vida tem de tudo. Escrevo sobre o que vejo, o que sinto, o que me interessa, sobretudo se e quando me apetecer. Se me lembrar, posso até contar a história do sobretudo que perdi num dia em que estava mesmo na lua...
terça-feira, 21 de fevereiro de 2017
Fausto - "Quando eu morrer" ( Alexandre Daskalos)
Quando eu morrer
não me dêem rosas
mas ventos.
Quero as ânsias do mar
quero beber a espuma branca
duma onda a quebrar
e vogar.
Ah, a rosa dos ventos
a correrem na ponta dos meus dedos
a correrem, a correrem sem parar.
Onda sobre onda infinita como o mar
como o mar inquieto
num jeito
de nunca mais parar.
Por isso eu quero o mar.
Morrer, ficar quieto,
não.
Oh, sentir sempre no peito
o tumulto do mundo
da vida e de mim.
E eu e o mundo.
E a vida. Oh mar,
o meu coração
fica para ti.
Para ter a ilusão
de nunca mais parar.
Alexandre Daskalos (poeta angolano-1942-1962)
Publicada por
Luísa Castelo-Branco
à(s)
terça-feira, fevereiro 21, 2017
Enviar a mensagem por emailDê a sua opinião!Partilhar no XPartilhar no FacebookPartilhar no Pinterest
Etiquetas:
Fausto,
música portuguesa
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário