quarta-feira, 30 de março de 2016

terça-feira, 29 de março de 2016

About Autism

Temple Grandin: autism in first person

The biopic of Grandin


A fascinating novel
The Curious Incident of the Dog In the Night-time
by
Mark Haddon

3428108"Chistophe Boone é o narrador deste magnífico romance, tem apenas 15 anos e sofre de autismo. Chistopher possui uma memória fotográfica, é excelente a Matemáticas e a Ciências, mas o que mais lhe custa compreender é «tão somente» a espécie humana. Detesta o amarelo e o castanho e ser tocado por alguém. Sozinho, morto, no meio do jardim, com uma forquilha atravessada. Este assasinato despertá-lo-á para uma longa odisseia que o irá ajudar a descobrir qual o seu verdadeiro papel no mundo. Um livro extraordinariamente bem escrito, comovente, repleto de um humor irónico e tocante."

segunda-feira, 28 de março de 2016

Blues da morte de amor


já ninguém morre de amor, eu uma vez

andei lá perto, estive mesmo quase,

era um tempo de humores bem sacudidos,

depressões sincopadas, bem graves, minha querida,

mas afinal não morri, como se vê, ah, não,

passava o tempo a ouvir deus e música de jazz,

emagreci bastante, mas safei-me à justa, oh yes,

ah, sim, pela noite dentro, minha querida.

a gente sopra e não atina, há um aperto

no coração, uma tensão no clarinete e

tão desgraçado o que senti, mas realmente,

mas realmente eu nunca tive jeito, ah, não,

eu nunca tive queda para kamikaze,

é tudo uma questão de swing, de swing, minha querida,

saber sair a tempo, saber sair, é claro, mas saber,

e eu não me arrependi, minha querida, ah, não, ah, sim.

há ritmos na rua que vêm de casa em casa,

ao acender das luzes, uma aqui, outra ali.

mas pode ser que o vendaval um qualquer dia venha

no lusco-fusco da canção parar à minha casa,

o que eu nunca pedi, ah, não, manda calar a gente,

minha querida, toda a gente do bairro,

e então murmurarei, a ver fugir a escala

do clarinete: — morrer ou não morrer, darling, ah, sim.



Vasco da Graça Moura

 Poezz Jazz Na Poesia Em Língua Portuguesa
(organização de José Duarte e Ricardo António Alves, Edição Almedina, Maio de 1964)

Joana Gama // Für Alina (Arvo Pärt)

(*****)

Milton Berle Vs. Statler & Waldorf

Hilarious 

quinta-feira, 24 de março de 2016

terça-feira, 22 de março de 2016

A poesia popular do Minho

"Os lenços de namorados pelo que neles se escrevia bordando, pelo seu simbolismo e significado sentimental apresentam-se como a mais genuína forma de poesia popular utilizada pelas raparigas do Minho em idade de casar."
 Hoje é o dia mundial da poesia
Eu sei que é preciso muita imaginação, mas faz de conta que o que se vê em baixo é um desses lenços....
LCB

segunda-feira, 21 de março de 2016

Sofia Ribeiro e Gui Duvignau- "Era um redondo vocábulo". (Choir version) de José Afonso

Nunca gostei tanto desta canção.
Arrepia, esta  interpretação. E,  mais uma vez,  a voz com alma  de  Sofia Ribeiro está aqui. Mas não é a única e o entrosamento de tons e sons é excelente .
Alguém sabe quem mais canta aqui?


Voz - Sofia Ribeiro  e .......????
Gui Duvignau -contabaixo vocal, será?
 João Salcedo- Piano vocal, será?

A legenda do youtube está certamente errada.

sábado, 19 de março de 2016

Ó Paizinho....

 Hilariante, o diálogo entre o Pai , o alfaite  Caetano ( António Silva)  e a Filha Alice( Beatriz Costa) que é obrigada - "Paizinho eu vou fazer isto contrariada..."- a  cantar  "A Agulha e o Dedal,  da célebre  revista o  Pastel de Bacalhau" .
Brilhante, a  interpretação deste dois grandes actores. Oitenta e três anos depois esta cena continua a interessar e a fazer rir muita gente. É obra!

"A Agulha e o Dedal",  do filme "A Canção de Lisboa" (1933), o primeiro filme sonoro português, realizado em pleno Estado Novo por José Cottinelli Telmo.


 Para quem quiser explorar o tema , transcrevo  dois comentários públicos que me parecem relevantes e a letra da canção intercalada com algumas das "deixas " desta cena. 
 
 "
Estreou a 7-11-1933 em Lisboa. A estreia no Porto aconteceu, em simultâneo, nos cinemas Trindade e Olympia a 21-11-1933. Era apenas uma cópia. O filme começava e era projectado com desfasamento nos dois cinemas para que as bobines passassem de um cinema para o outro, As bobines tinham cerca de 10 minutos. Quando acabava uma bobine num dos cinemas, era rebobinada e alguém levava a bobine ao outro cinema. Eram outros tempos."António Tavares(http://tavares1951.no.sapo.pt/) 
"Comédia ponto. E bem feita. As alusões ao Estado Novo? Conferir o realizador, José Cottinelli Telmo. O arquitecto-chefe por trás da Exposição do Mundo Português em 1940. De resto, também lá estava o amigo Almada Negreiros, quem fez os cartazes.."( Rui Rocha)

A Agulha e o Dedal


Vem cá doida agulha, tão meiga e tão fina
Vem dar-me os teus lábios de açúcar pilé
Dedal não me apanhas, sou esperta e ladina
E mais retorcida que as de croché ("coroché")


Ai chega, chega, chega
Chega, chega ó minha agulha
Afasta, afasta afasta
Afasta o meu dedal ("didal")
Brejeira, não sejas trafulha
Ó bela vem coser o avental...

(-
Paizinho eu não lhe disse que esta do "a-a" ,  que não a dava?
 -AAAAAAA!!!!
-Isso é o Paizinho que tem um vozeirão...)


...do amor.
Ai chega, chega, chega
Chega, chega ó minha agulha
Afasta, afasta, afasta
Afasta o meu dedal
Brejeira não sejas trafulha,
Ó não, és a mais bela fresca agulha em Portugal!

(Homem: Voz de cana rachada!
- Vê paizinho, ao que me sujeito, vê?
- Vejo aquele sujeito, vejo, mas não perde pela demora!)


Eu sei que não me amas por não ser de prata
E que me desprezas por ser só de cobre
Dedal tu não chores, bem sei que és de lata
Também eu passajo na fralda do pobre

Ai chega, chega, chega
Chega, chega ó minha agulha
Afasta, afasta afasta
Afasta o meu dedal
Brejeira não sejas trafulha
Ó  bela vem coser o avental...

( -Esta agora ainda foi pior, paizinho ...
-Deixa lá  o avental e continua , filha ,ai!
)


...do amor.

Ai chega, chega, chega
Chega, chega ó minha agulha
Afasta, afasta, afasta
Afasta o meu dedal
Brejeira não sejas trafulha
Ó não, és a mais bela fresca agulha em Portugal!



Vim cá deixar mais esta cena... Não resisti, pronto.

domingo, 13 de março de 2016

Manuel João Vieira - A arte explicada aos mais pequenos.



O guia da arte contemporânea,  por si só uma obra de arte.

( dedicado ao Manel em agradecimento pela troca de impressões.....hmmmmm ...acaloradas que temos tido.)

NORAH JONES - I've Got to See You Again

Melt......


(Drummer + Guitar solo= (***** )

Lido e sublinhado...

(...) A verdade é que a curiosidade e o interesse por algumas pessoas não implica, talvez antes pelo contrário, a tolerância para com as multidões de pessoas ou até proximidade excessiva em relação às pessoas por quem sentimos curiosidade(...)

Paulo Varela Gomes- Era uma vez em Goa