Esta vida tem de tudo. Escrevo sobre o que vejo, o que sinto, o que me interessa, sobretudo se e quando me apetecer. Se me lembrar, posso até contar a história do sobretudo que perdi num dia em que estava mesmo na lua...
quarta-feira, 10 de junho de 2015
Dia De Portugal- A tradição existe mas já não é a mesma coisa
Sócrates não é um preso político , é um político preso."
( Ana Sá Lopes - editorial do Jornal I)
O prisioneiro 44 recusou legitimamente a alteração, proposta pelo M.P., da medida de coacção a que tem estado sujeito. Não aceitou ir para casa com pulseira electrónica.
Qualquer cidadão português tem, nos termos da lei, o mesmo direito.
Facto é que o antigo primeiro-ministro recusou ANTECIPADAMENTE a alteração da medida de coacção por CARTA DIFUNDIDA PELOS MEDIA . A missiva do prisioneiro 44 vende, gera polémica, discussão e audiências. Por isso pôde pressionar a Justiça(???!) , por ser figura pública e ter ocupado um alto cargo político. Usou e abusou desse estatuto. Este procedimento ,a sua permissão e divulgação são, em democracia , eticamente reprováveis sob todos os aspectos.
Se um cidadão anónimo , nas mesmas condições, tivesse tal pretensão, a carta que escrevesse nem saíria da prisão ou, se tal acontecesse, ficaria, até à próxima limpeza, na" gaveta dos ignorados". Para a comunicação social , salvo raríssimas excepções conscientes, qualquer português que não "venda" é apenas isso, ou seja: ninguém.
Os crimes de colarinho branco são difíceis de provar, sempre foram e o avanço da novas tecnologias é uma faca de dois gumes.
A justiça em Portugal é IGUALMENTE lenta para todos os portugueses (quantos estarão presos preventivamente há mais de seis meses?). O prisioneiro 44 queixa-se disso agora e parece querer acelerá-la, especialmente para si, pressionando , usando da influência e da importância que muitos portugueses ainda lhe dão. Esquecem-se de que , para ele, foram importantes apenas aqueles que lhe permitiram atingir os seus fins. Então como agora serve-se de todos os meios ao seu alcance.
A intimidação e a permissividade retiram nitidez à democracia .
Hoje celebra-se o dia de Portugal e gosto de ser portuguesa. Apesar de tudo o meu país é livre, mas não tanto quanto gostaria que fosse. A tradição existe, mas já não é a mesma coisa.
LCB
Publicada por
Luísa Castelo-Branco
à(s)
quarta-feira, junho 10, 2015
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