Esta vida tem de tudo. Escrevo sobre o que vejo, o que sinto, o que me interessa, sobretudo se e quando me apetecer. Se me lembrar, posso até contar a história do sobretudo que perdi num dia em que estava mesmo na lua...
sábado, 31 de dezembro de 2016
BOM ANO NOVO!
We can never stop dreaming
Happy New Year!
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Luísa Castelo-Branco
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sábado, dezembro 31, 2016
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John Mayer - Gravity
And someone said :
-I'd slow dance to this song in the middle of the street...
-I'd slow dance to this song in the middle of the street...
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Luísa Castelo-Branco
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sábado, dezembro 31, 2016
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Música
sexta-feira, 30 de dezembro de 2016
GATO FEDORENTO- As grandes questões do nosso tempo
"Só se brinca com coisas sérias, caso contrário não vale a brincar" ( R.A.P.)
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Luísa Castelo-Branco
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sexta-feira, dezembro 30, 2016
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Gato Fedorento,
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Ricardo Araújo Pereira
quinta-feira, 29 de dezembro de 2016
Fado Português(Alain Oulman/José Régio ) - Sofia Ribeiro & Bartolomeo Barenghi
O poema de José Régio foi musicado por Alain Oulman para ser cantado originalmente por Amália Rodrigues.
Fado Português
O Fado nasceu um dia,
quando o vento mal bulia
e o céu o mar prolongava,
na amurada dum veleiro,
no peito dum marinheiro
que, estando triste, cantava,
que, estando triste, cantava.
Ai, que lindeza tamanha,
meu chão , meu monte, meu vale,
de folhas, flores, frutas de oiro,
vê se vês terras de Espanha,
areias de Portugal,
olhar ceguinho de choro.
Na boca dum marinheiro
do frágil barco veleiro,
morrendo a canção magoada,
diz o pungir dos desejos
do lábio a queimar de beijos
que beija o ar, e mais nada,
que beija o ar, e mais nada.
Mãe, adeus. Adeus, Maria.
Guarda bem no teu sentido
que aqui te faço uma jura:
que ou te levo à sacristia,
ou foi Deus que foi servido
dar-me no mar sepultura.
Ora eis que embora outro dia,
quando o vento nem bulia
e o céu o mar prolongava,
à proa de outro velero
velava outro marinheiro
que, estando triste, cantava,
que, estando triste, cantava.
José Régio, in 'Poemas de Deus e do Diabo'
Fado Português
O Fado nasceu um dia,
quando o vento mal bulia
e o céu o mar prolongava,
na amurada dum veleiro,
no peito dum marinheiro
que, estando triste, cantava,
que, estando triste, cantava.
Ai, que lindeza tamanha,
meu chão , meu monte, meu vale,
de folhas, flores, frutas de oiro,
vê se vês terras de Espanha,
areias de Portugal,
olhar ceguinho de choro.
Na boca dum marinheiro
do frágil barco veleiro,
morrendo a canção magoada,
diz o pungir dos desejos
do lábio a queimar de beijos
que beija o ar, e mais nada,
que beija o ar, e mais nada.
Mãe, adeus. Adeus, Maria.
Guarda bem no teu sentido
que aqui te faço uma jura:
que ou te levo à sacristia,
ou foi Deus que foi servido
dar-me no mar sepultura.
Ora eis que embora outro dia,
quando o vento nem bulia
e o céu o mar prolongava,
à proa de outro velero
velava outro marinheiro
que, estando triste, cantava,
que, estando triste, cantava.
José Régio, in 'Poemas de Deus e do Diabo'
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quinta-feira, dezembro 29, 2016
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música portuguesa
quarta-feira, 28 de dezembro de 2016
FABRICA DE BRAÇO DE PRATA: TRAGÉDIA (1953)
Às 13h49 do dia 24 de Novembro de 1953 a Fábrica de Braço de Prata, na época produtora de material de guerra, foi violentamente destruída por uma explosão de que resultaram 12 mortos e 200 feridos.
Este vídeo foi realizado pelo blogue Jazz no País do Improviso (www.jnpdi.blogspot.com) com o objectivo de trazer até ao presente este evento que actualmente é desconhecido pela grande maioria do público que assiste a concertos de jazz na Fábrica de Braço de Prata.
Saiba mais em https://pt.wikipedia.org/wiki/F%C3%A1brica_de_Bra%C3%A7o_de_Prata
Este vídeo foi realizado pelo blogue Jazz no País do Improviso (www.jnpdi.blogspot.com) com o objectivo de trazer até ao presente este evento que actualmente é desconhecido pela grande maioria do público que assiste a concertos de jazz na Fábrica de Braço de Prata.
Saiba mais em https://pt.wikipedia.org/wiki/F%C3%A1brica_de_Bra%C3%A7o_de_Prata
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Luísa Castelo-Branco
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Fábrica de braço de Prata,
História,
Jazz,
Música,
Portugal
Traduzir-se
Uma parte de mim
é todo mundo:
outra parte é ninguém:
fundo sem fundo.
Uma parte de mim
é multidão:
outra parte estranheza
e solidão.
Uma parte de mim
pesa, pondera:
outra parte
delira.
Uma parte de mim
almoça e janta:
outra parte
se espanta.
Uma parte de mim
é permanente:
outra parte
se sabe de repente.
Uma parte de mim
é só vertigem:
outra parte,
linguagem.
Traduzir-se uma parte
na outra parte
– que é uma questão
de vida ou morte –
será arte?
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Luísa Castelo-Branco
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Ferreira Gullar,
Poesia
Tom Jones - What'd I Say (1969) *HD*HQ*
"Hey ho hey ho hey ho hey!"
Well ....I say : He Knows how to shake that thing. What a groovy soul man he was!
Well ....I say : He Knows how to shake that thing. What a groovy soul man he was!
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Luísa Castelo-Branco
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quarta-feira, dezembro 28, 2016
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sábado, 24 de dezembro de 2016
Low - Long Way Around The Sea
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sexta-feira, 23 de dezembro de 2016
John Malkovich - The night before christmas
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NATAL
sábado, 17 de dezembro de 2016
Miguel Guilherme diz "Pois" de Alexandre O’ Neill e "A Família" de Mário-Henrique Leiria ( homenagem ao actor António Feio)
Miguel Guilherme é um actor brilhante e um fenómeno raro em Portugal da arte de bem dizer poesia . Não a recita apenas, interpreta-a, dá-lhe corpo.
Este é um dos poucos vídeos que na internet demonstram o que acabo de dizer.
POIS
O respeitoso membro de azevedo e silva
nunca perpenetrou nas intenções de elisa
que eram as melhores. Assim tudo ficou
em balbúrdias de língua cabriolas de mão.
Assim tudo ficou até que não.
Azevedo e silva ao volante do mini
vê a elisa a ultrapassá-lo alguns anos depois
e pensa pensa com os seus travões
Ah cabra eram tão puras as minhas intenções
E a elisa passa rindo dentadura aos clarões.
Alexandre O'Neill ( 1972)
vamos para casa
disse o esturjão.
Mário-Henrique Leiria
Este é um dos poucos vídeos que na internet demonstram o que acabo de dizer.
POIS
O respeitoso membro de azevedo e silva
nunca perpenetrou nas intenções de elisa
que eram as melhores. Assim tudo ficou
em balbúrdias de língua cabriolas de mão.
Assim tudo ficou até que não.
Azevedo e silva ao volante do mini
vê a elisa a ultrapassá-lo alguns anos depois
e pensa pensa com os seus travões
Ah cabra eram tão puras as minhas intenções
E a elisa passa rindo dentadura aos clarões.
Alexandre O'Neill ( 1972)
A FAMÍLIA
Vamos à pesca
disse o pai
para os três filhos
vamos à pesca do esturjão
nada melhor do que pescar
para conservar
a união familiar
a mãe deu-lhe razão
e preparou
sem mais detença
um bom farnel
sopa de couves com feijão
para ir também
à pescaria do esturjão
e a mãe e o pai
e os três filhos
foram à pesca
do esturjão
todos atentos
satisfeitíssimos
que bom pescar
o esturjão!
que bom comer
o belo farnel
sopa de couves com feijão!
e foi então
que apanharam
um magnífico esturjão
que logo quiseram
ali fritar
mas enganaram-se na fritada
e zás fritaram o velho pai
apetitoso
muito melhor
mais saboroso
do que o esturjão
disse o pai
para os três filhos
vamos à pesca do esturjão
nada melhor do que pescar
para conservar
a união familiar
a mãe deu-lhe razão
e preparou
sem mais detença
um bom farnel
sopa de couves com feijão
para ir também
à pescaria do esturjão
e a mãe e o pai
e os três filhos
foram à pesca
do esturjão
todos atentos
satisfeitíssimos
que bom pescar
o esturjão!
que bom comer
o belo farnel
sopa de couves com feijão!
e foi então
que apanharam
um magnífico esturjão
que logo quiseram
ali fritar
mas enganaram-se na fritada
e zás fritaram o velho pai
apetitoso
muito melhor
mais saboroso
do que o esturjão
vamos para casa
disse o esturjão.
Mário-Henrique Leiria
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Poesia
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