quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Ufa!

Televisão sem som: levanto o olhar e no écran agita-se uma Constança Cunha e Sá, cujo arraial de linguagem corporal frenética e agressiva  me sobressalta e deixa derreada: cabeça que se atira para a frente e para baixo, ombros que sobem e, encaixando-se nas orelhas, fazem desaparecer o pescoço e sobressair os cotovelos levantados como enormes asas afiadas, mãos sovinas  gesticulam espremendo dedos ossudos e compridos, a boca abre e fecha num ritmo desenfreado de palavreado que, prevenida, me escuso a ouvir porque sei que pertence a uma voz rouca, cortante , desagradável.
Postura (imagem) é atitude? É mesmo. E a energia que emana deste quadro vivo não é positiva. Mesmo sem a ouvir sei que o que ela diz não poderá nunca interessar-me.
Mudo de canal (ufa!) e deparo-me com a Manuela Moura Guedes a quem, em comparação, nesta fase de entertainer, poderia chamar o chá de tília da TV … quem diria!

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